FALANDO SÉRIO
Um estudo realizado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais revela que mais de um terço (36%) do lixo produzido pelos moradores do Rio de Janeiro vai diretamente para o fundo de lagoas, rios e baías ou é despejado em lixões clandestinos ou aterros irregulares. São 7.189 toneladas diárias de detritos, dos quais 879 toneladas sequer são recolhidas de ruas e favelas. Os números excluem os resíduos levados para Gramacho, em Duque de Caxias, o maior aterro do Estado, que recentemente foi considerado como uma destinação sanitária adequada, classificação criticada por ambientalistas. Se o lixo ali jogado for incluído na conta de resíduos lançados de forma inadequada, o estado teria 76% do seu lixo contribuindo para aumentar as áreas de risco ambiental.
Adriana Felipetto, superintendente da Haztec, empresa que administra o aterro sanitário de Nova Iguaçu, considerado modelo nacional em gestão resíduos, alerta para a necessidade de mudanças radicais. O resíduo tem que ser definitivamente encarado como um problema de saneamento a ser resolvido em curto espaço de tempo — diz ela, ressaltando a importância de algumas tecnologias de gestão do lixo que geram energia. — É fundamental ter perspectivas de desenvolvimento tecnológico para fontes alternativas de energia limpa e renovável, como, por exemplo, a utilização do biogás (queima do metano), ou mesmo da biomassa (queima de resíduos) para aproveitamento energético.

Fonte: Jornal O Globo - matéria do dia 26.05.10

Artigo original do paulo rochaBLOG.

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