A Escolha de Sofia
Foi o filme que deu o primeiro Oscar da carreira de Meryl Streep. Nele, ela vive uma polonesa que sobreviveu aos campos de concentração nazistas, mas convive com o peso de uma escolha que teve de fazer naquela época. Sofia tinha dois filhos pequenos, um menino e uma menina, e só poderia levar um deles para o campo de concentração. O outro morreria. E quando eu vi essa cena, eu pensei: "Pronto! Esse é o limite. Não há mais o que inventar em matéria de sofrimento. Não tem como ser pior." Não, ela não tinha a opção de se sacrificar pelos filhos. Seria uma saída. E se não fizesse a escolha, os dois morreriam. Conviver com a culpa de uma morte já é desumano, com duas então...

Pois tem vezes na vida que somos meio Sofia. Existem escolhas que eu preferia morrer sem ter que fazer.

Hoje, recebo um email e repasso para vocês com este mesmo título com outro texto e como diziam: Poderá ser ou não ser, mera coincidência, DEUS queira que NÃO...

"O maior castigo para aqueles que não se interessam por política, é que
serão governados pelos que se interessam." -Arnold Toynbee-

A mesma história acima contada acima:

Como vocês sabem, a escolha de Sofia é a história de uma mãe judia no
campo de concentração nazista de Auschwitz, que é forçada por um
soldado alemão a escolher entre o filho e a filha - qual será
executado e qual será poupado.
Se ela se recusasse a escolher, os dois seriam mortos. Ela escolhe o
menino, que é mais forte e tem mais chances de sobreviver, porém nunca
mais tem notícias dele.
A questão é tão terrível que o título se converteu em sinônimo de
decisão quase impossível de ser tomada.

Envio para vocês um artigo escrito em final de 2009 pelo economista
Rodrigo Constantino. Autor de 5 livros. Escreve a coluna "Eu e
Investimentos" do jornal Valor Econômico. É também colunista do jornal O Globo.
Membro-fundador do Instituto Millenium. Vencedor do prêmio Libertas em
2009, no XII Forum da Liberdade. Seu curriculum vai muito além, é
extenso e respeitável. Segue seu artigo:
" Serra ou Dilma? A Escolha de Sofia."
(por Rodrigo Constantino )




Tudo que é preciso para o triunfo do mal é que as pessoas de bem nada
façam (Edmund Burke)

Agora praticamente é oficial: José Serra e Dilma Rousseff são as duas opções viáveis nas próximas eleições. Em quem votar? Esse é um artigo que eu não gostaria de ter que escrever, mas me sinto na obrigação de
fazê-lo.


Os antigos atenienses tinham razão ao dizerem que assumir qualquer lado é melhor do que não assumir nenhum?


Mas existem momentos tão delicados e extremos, onde o que resta das liberdades individuais está pendurado por um fio, que talvez essa postura idealista e de longo prazo não seja razoável. Será que não valeria a pena ter fechado o nariz e eliminado o Partido dos Trabalhadores Nacional - Socialista em 1933 na Alemanha, antes que Hitler pudesse chegar ao poder? Será que o fim de eliminar Hugo Chávez justificaria o meio deplorável de eleger um candidato horrível, mas menos louco e autoritário? São questões filosóficas complexas. Confesso ficar angustiado quando penso nisso.


Voltando à realidade brasileira, temos um verdadeiro monopólio da esquerda na política nacional. PT e PSDB cada vez mais se parecem. Mas existem algumas diferenças importantes também. O PT tem mais ranço ideológico, mais sede pelo poder absoluto, mais disposição para adotar quaisquer meios os mais abjetos para tal meta. O PSDB parece ter mais limites éticos quanto a isso O PT associou-se aos mais nefastos ditadores, defende abertamente grupos terroristas, carrega em seu âmago o DNA socialista.


O PSDB não chega a tanto.
Além disso, há um fator relevante de curto prazo: o governo Lula aparelhou a máquina estatal toda, desde os três poderes, passando pelo Itamaraty, STF, Polícia Federal, as ONGs, as estatais, as agências reguladoras, tudo!


O projeto de poder do PT é aquele seguido por Chávez na Venezuela, Evo Morales na Bolívia, Rafael Correa no Equador, enfim, todos os comparsas do Foro de São Paulo . Se o avanço rumo ao socialismo não foi maior no Brasil, isso se deve aos freios institucionais, mais sólidos aqui, e não ao desejo do próprio governo. A simbiose entre Estado e governo na gestão Lula foi enorme.


O estrago será duradouro. Mas quanto antes for abortado, melhor será: haverá menos sofrimento no processo de ajuste.


Justamente por isso acredito que os liberais devem olhar para este aspecto fundamental, e ignorar um pouco as semelhanças entre Serra e


Dilma. Uma continuação da gestão petista através de Dilma é um tiro certo rumo ao pior.


Dilma é tão autoritária ou mais que Serra, com o agravante de ter sido uma terrorista na juventude comunista, lutando não contra a ditadura,mas sim por outra ainda pior, aquela existente em Cuba ainda hoje. Ela nunca se arrependeu de seu passado vergonhoso; pelo contrário, sente orgulho. Seu grupo Colina planejou diversos assaltos. Como anular o voto sabendo que esta senhora poderá ser nossa próxima presidente?! Como virar a cara sabendo que isso pode significar passos mais acelerados em direção ao socialismo bolivariano?


Entendo que para os defensores da liberdade individual, escolher entre Dilma e Serra é como uma escolha de Sofia. Anular o voto, desta vez, pode significar o triunfo definitivo do mal. Em vez de soco na cara o no estômago, podemos acabar com um tiro na nuca.


Dito isso, assumo que votarei em Serra, meu voto é anti-PT acima de qualquer coisa. Meu voto é contra o Lula, contra o Chávez, que já declarou abertamente apoio a Dilma. Meu voto não é a favor de Serra.
E, no dia seguinte da eleição, já serei um crítico tão duro ao governo


Serra como sou hoje ao governo Lula. Mas, antes é preciso retirar a corja que está no poder.


Antes é preciso desarmar a quadrilha que tomou conta de Brasília. Só o desaparelhamento de petistas do Estado já seria um ganho para a liberdade, ainda que momentâneo.


Respeito meus colegas liberais que discordam de mim e pretendem anular o voto. Mas espero ter sido convincente de que o momento pede um pacto temporário com a barbárie, como única chance de salvar que resta da civilização - o que não é muito, mas é o que hoje devemos e podemos fazer!


REPASSE SEM MODERAÇÃO

















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